Vale Relembrar – Para quê o Grito?

Por 12/08/2015No Comments

grito

Desde que publiquei o texto falando o quanto o grito é prejudicial às relações, principalmente a que temos com nossos pequenos, sempre ouço comentários positivos sobre o post. Por isso decidi postá-lo novamente pois com preciosas dicas dadas pela Dra. Marcilei Trovão  sempre é tempo para uma mudança de comportamento e uma consequente melhora na dinâmica familiar!!

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Nunca fui muito fã de gritos, apesar de admitir que em certos momentos ele é inevitável ou acaba escapando. Difícil alguém que nunca tenha gritado dentro de casa para chamar alguém, ou mesmo que tenha gritado dizendo: “fulaaano, telefone pra você”. Quem nunca? Risos. Pois é, o grito existe e acaba fazendo parte de alguns momentos. Mas em quais momentos ele deveria ser realmente usado?

Gritar não costuma ser a melhor resposta. Mas se tem um tipo que deve ser evitado ao máximo é o grito para conseguirmos algo, principalmente de nossos filhos. A frase “ganhou no grito” tira qualquer mérito da vitória.
Quem ganha no grito demonstra fraqueza; caso contrário, teria conseguido no diálogo, numa boa. Num momento de confusão com seu(s) filho(s), quando você quer que algo efetivamente aconteça, melhor tentar se controlar e não gritar. (Tá, eu sei que pode ser difícil, mas com treino vai ficando mais fácil.) Quando alguém grita, o caos tende a aumentar. E mesmo que momentaneamente você tenha conseguido o que queria, preste atenção no exemplo que você acabou dando: que é que com o grito conseguimos coisas. E nossos pequenos reproduzem nossas ações. Mais tarde, quem gritará para conseguir algum tipo de coisa será ele próprio pensando: minha mãe, quando precisa mesmo, grita… E consegue.

Pior aProfessora gritando com alunainda do que ensinar conseguir com grito é que esse grito terminará não sendo suficiente. Então serão dados váaarios gritos. Quando a criança já se acostumou com essa dinâmica, um grito passa a não dizer muito. Então a mãe grita várias vezes e os pequenos passam a gritar mais também. É como se entendessem a regra do jogo. Mãe grita, criança grita, e vira um jogo de pingue-pongue. Está instaurado o caos!! Você perde a razão e deixa de merecer respeito. Lição aprendida, esse passará a ser o diálogo da criança com o mundo. Ao menor aperto ou necessidade de ser ouvido, não fará esforço diferente. Lançará mão do grito. Se tem razão, porque grita? E se não tem, aí é que não deveria gritar mesmo.

O que fazer então? Sim, claro, se controlar. Essa parte deixa de ser tão difícil se você tem em mente tudo o que coloquei acima. Minha dica: diga o que você precisa, séria, mas com seu tom de voz normal. Nada aconteceu? Você está falando com crianças que já se habituaram a outra dinâmica? Então aumente um pouco o tom de voz para introduzir algo e ser ouvida, como por exemplo: Meninos, eu preciso que vocês… Neste momento, abaixe o tom de voz. A tendência é que parem com o barulho para que ouçam o restante que você tem a dizer. Essa é uma ótima maneira para ser ouvida e manter o controle da situação sem dar mau exemplo. Aprendi esta técnica com uma terapeuta especializada em crianças. Nunca fui muito de gritar mas algumas vezes deixei escapar. Hoje para mim, agir com firmeza mas com muita calma virou hábito. Assim como é hábito também das minhas filhas resolvermos na conversa. De uma maneira que fique bem para todo mundo.

E o grito? Vamos deixa-lo para as festas, comemorações, sustos e até quem sabe, para transferirmos alguma ligação. Por que não?! (risos)

MarcieleTrovaoDePaula

 
 
 
 
 
 
 

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