Início de ano é um ótimo momento para refletir sobre nossa vida e planejar o que queremos fazer acontecer nos próximos meses. Os planos e objetivos variam de pessoa para pessoa, mas existe algo que parece ser um desejo comum: o desejo de se ter uma vida boa! Todos queremos ser felizes e desfrutar de uma boa vida. Mas o que será que faz com que uma vida seja realmente satisfatória e nos traga felicidade?

                Esse é o tema do livro “Uma boa vida”, de Robert Waldinger e Marc Schulz, que esteve por muitas semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times e continua figurando no topo de vendas em diversas listas nacionais. Recheado de histórias reais, o livro traz as descobertas do mais longo estudo científico já realizado que investiga o que realmente faz um ser humano se sentir feliz. Trata-se do Estudo de Harvard sobre o Desenvolvimento Adulto, que começou em 1938 e para o espanto até mesmo da comunidade científica, continua em vigor até hoje.

                Durante todos esses anos os pesquisadores fizeram milhares de perguntas e centenas de estudos para descobrir o que mantém as pessoas saudáveis e felizes – e o que faz com que elas se percebam assim. A surpresa é que não se trata de conquistas profissionais, financeiras ou estéticas. A conclusão a que o estudo chegou é de que o que torna nossa vida mais feliz são os bons relacionamentos!

                Um fato interessante – e que mesmo com a observação empírica já poderíamos saber – é a constatação de que a vida boa não é livre de problemas ou complicações. Em todos estes anos da pesquisa, analisando pessoas de diferentes classes sociais, com as trajetórias mais diversas, o que se verificou é que não é tanto o que acontece na vida de uma pessoa que a torna feliz ou triste, mas sim a forma como ela encara e aceita os acontecimentos. E o mais importante, a qualidade do vínculo que ela mantém com as pessoas com quem ela divide suas alegrias e desafios. Laços de amor, família e amizade são fundamentais para uma vida boa, segundo os pesquisadores. Quaisquer outros fatores na equação, ficam em segundo plano quando se trata do alcance da felicidade humana genuína.

                Vamos dedicar um tempo especial em 2024 para estar com aqueles que amamos. Que sejamos felizes este ano!!!