A responsibilidade de ser formador de opinião

Por 19/11/2015One Comment

formador_coverNa semana passada, dois textos que circularam pela internet tiraram meu sono, e me fizeram refletir mais ainda sobre a importância e a responsabilidade de ser formador de opinião, numa época em que posts e conteúdos de toda natureza são publicados indiscriminadamente – sem cuidado algum. Cheguei a postar minha opinião na nossa fanpage, mas acho pouco. Precisamos falar mais sobre isso, e hoje vamos falar das fotos da Vera Fischer.

Pensando na celeuma causada pelas fotos que comparavam a Vera Fischer na sua melhor idade (maquiada, com luz e foto profissional) com ela hoje, num aeroporto sem produção ou maquiagem, anos depois, só posso crer que vivemos numa sociedade incapaz de aceitar o passar dos anos e encarar a idade com tranquilidade. (me recuso a publicar a foto, mas no Google você acha fácil).

Essa obrigação imposta à mulher brasileira de ser eternamente jovem, gostosa, sensual e atraente é uma prisão sem fim, raiz de males da alma e do corpo. Quantas pessoas você conhece que vivem insatisfeitas com o próprio corpo? Quantas senhoras você conhece que estão absolutamente deformadas depois de procedimentos estéticos questionáveis e ineficazes? Quantas vezes você comeu um chocolate depois dos 30, sem culpa nenhuma? Justamente.

Quem tem exposição pública de suas opiniões, quem decide o que vai ser publicado nas revistas de celebridades, precisa tomar consciência do que certos assuntos provocam na vida das pessoas – retratadas nas matérias ou leitores da publicação.

Nós que falamos de imagem pessoal TAMBÉM temos que pensar muito na hora de orientar uma cliente – ou escrever um texto – sobre como parecer mais jovem. Da forma em que eu trabalho, não tento fazer cliente alguma parecer mais jovem. Nem mais alta, nem mais magra e nem mais rica. Tento fazer com que ela tenha segurança em se vestir como gosta, em comprar o que lhe agrada, em investir em seu estilo e sua identidade. Esteja ela com 20 ou 60 anos.

Precisamos rever essa relação que estabelecemos com a velhice como se ela fosse totalmente ruim. Ela é uma idade como outra qualquer, com agruras e bençãos, tempos melhores e tempos piores. Quanto mais resolvida você estiver com o fato de querer envelhecer bem, melhor serão seus anos na maturidade. Não é possível que alguém prefira morrer jovem do que envelhecer!

Cirurgias plásticas, procedimentos estéticos, exercícios físicos, alimentação saudável, meditação: tudo isso tem ótimos resultados se feitos não para anular ou retardar o envelhecimento, mas para que este processo natural da vida se dê da melhor forma. As mulheres precisam se libertar desse conceito de juventude eterna – e começar a apreciar a calma que vem depois de certa idade e as oportunidades que antes, na juventude, eram impossíveis de ser aproveitadas.

Busque o que lhe interessa fazer para preencher este tempo tão precioso, envolva-se em atividades que lhe tragam prazer, cultive relações saudáveis. Pele boa e espírito jovem vem de dentro, e a felicidade é um antídoto excelente para o cansaço e os questionamentos acerca da velhice.

www.fernandadamy.com.br

FernandaDamy
 
 
 
 
 
 

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